Minas Gerais é o 2º estado que mais contratou aprendizes em 2017

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39.139 aprendizes foram contratados

Um balanço do Ministério do Trabalho aponta que 39.139 aprendizes foram inseridos no mercado de trabalho, em Minas Gerais, de janeiro a novembro de 2017. O estado ficou em segundo lugar, em número absoluto, no ranking que tem São Paulo na primeira colocação, com 102.300 contratações. No Brasil inteiro, foram destinadas 369.676 vagas para a aprendizagem profissional.

O número de postos de aprendizagem preenchidos no estado equivale a 41% da estimativa total de vagas para o estado, que é de 93.273. “O aumento é importante e sinaliza que a atuação dos órgãos de proteção e promoção da aprendizagem tem alcançado resultados, mas precisamos avançar ainda mais”, explica a representante da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), Luciana Coutinho.

Em 2017, o MPT em Minas promoveu audiência pública, em parceria com Superintendência Regional do Trabalho em Minas Gerais (SRT), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o Fórum de Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fectipa). Representantes de 70 empresas não cumpridoras da cota estiveram presentes e foram orientados a regularizar a situação e notificados com fixação de prazo.

Em vídeo, produzido pelo MPT, aprendizes em ação mostraram aos empregadores o quanto uma oportunidade no mercado de trabalho pode fazer a diferença no futuro de um jovem: “aprendi ter um bom convívio com as pessoas, um relacionamento, eu amadoreci”, conta o aprendiz Thalyson Moura. Para o empregado, que começou como aprendiz, Wesley Lélis a aprendizagem “induz o jovem a continuar no estudo e abre muitas portas”. “Aprendizado, acessibilidade, inclusão, responsabilidade” são alguns dos resultados apontados pelos jovens aprendizes.

Uma outra audiência de fomento à aprendizagem foi promovida pelo MPT em 2017. Em novembro, o MPT reuniu representantes de entidades especializadas na formação de aprendizes para discutir a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade social no programa. “A audiência foi para discutir caminhos, ouvir as dificuldades e promover a articulação dos envolvidos, de modo que possamos avançar também na inclusão de adolescentes em situação de acolhimento institucional e de egressos do programa socioeducativo, por meio de uma ação conjunta e integrada”, explica a procuradora Luciana Coutinho.

Membros do MPT que atuam nas Procuradorias do Trabalho no interior do estado também mobilizaram as Redes de Proteção, por meio de audiências públicas nas cidades de Januária e Montes Claros.

Informações detalhadas sobre as ações do Projeto Resgate a Infância, empreendidas no ano de 2017, em Minas Gerais, estão disponíveis na página do projeto, disponível no site do MPT em Minas.

Projeto Resgate a Infância: O fomento à aprendizagem profissional é um dos três eixos de atuação empreendidos pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), no Brasil inteiro, por meio do Projeto Nacional Resgate a Infância, que tem por objetivos a prevenção e erradicação do trabalho infantil e a profissionalização do adolescente. Lançado em outubro de 2016, o projeto será executado pelo MPT, até 2019.

“Nossa meta é percorrer todos os estados brasileiros ao longo desse período”, explica procurador do Trabalho Antonio Lima, que atuou como coordenador nacional da Coordinfância, até o final de 2017.  O “Resgate a Infância” busca alcançar resultados em três eixos: pelo eixo Educação, investe na conscientização da sociedade a partir da comunidade escolar. A cada ano, o projeto culmina com a entrega do Prêmio MPT na Escola. No eixo Aprendizagem, o MPT exige o cumprimento da cota 5% a 15% de aprendizes nas empresas. No terceiro eixo, Política Pública, o diálogo é com profissionais da área técnica, conselheiros tutelares, CRAS, CREAS, e com gestores: “depois de reuniões com secretários municipais de Saúde, e Educação e Assistência Social, nosso encontro é com os prefeitos, para “buscar deles um compromisso no sentido de implementar as políticas públicas necessárias”, explica o procurador do Trabalho Antonio Lima.

 

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