Minas tem mais ocorrências de trabalho análogo ao escravo

Balanço também revelou que, pela primeira vez, resgates no meio urbano superou o rural

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acaba de divulgar um balanço que revela a situação do trabalho análogo ao escravo em todo país, no ano de 2013. De acordo com o inventário, Minas Gerais foi o estado onde ocorreu o maior número de trabalhadores resgatados e também o que teve maior quantidade de ações fiscais aplicadas no meio urbano. Esses números são decorrentes das ações de fiscalização das equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), diretamente vinculadas à Departamento de Combate ao Trabalho Escravo (DETRAE/MTE) e também da atuação dos auditores fiscais do Trabalho lotados nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) em todo país.

Urbano supera rural

Mesmo tendo tido menos fiscalizações que a pecuária e a agricultura juntas, os dados revelam que, pela primeira vez, o número de trabalhadores, nessa situação, encontrados no meio urbano superaram os resgatados no meio rural. Mais de 840 pessoas em regime de trabalho análogo ao escravo foram encontrados na construção civil, contra 618 presentes na agricultura e pecuária. Ou seja, dos 2.063 trabalhadores encontrados em situação de trabalho escravo, 51,7% estavam no meio urbano."Esse número mostra que o uso de mão de obra análoga a de escravo tem se intensificado no meio urbano, onde temos aumentado as demandas, mas sem se afastar do meio rural, onde já temos um histórico de enfrentamento", avaliou Alexandre Lyra, chefe da fiscalização da Detrae.

Apesar de perder em número de casos para o meio urbano, a agricultura e a pecuária continuam com números alarmantes de trabalho escravo. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, a agricultura registrou 342 casos, enquanto na pecuária foram resgatadas 276 pessoas.

(Com informações da Assessoria de Imprensa/MTE)

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