Mandantes da Chacina de Unaí são condenados

*Créditos: Sinait

Os irmãos Antério e Norberto Mânica receberam penas de 100 anos de prisão

A condenação chegou para os dois mandantes do crime conhecido como "Chacina de Unaí" somente após quase 12 anos da execução. Os irmãos Norberto e Antério Mânica foram condenados a 100 anos de prisão, deduzido o período já anteriormente presos, por juri popular. Eles ainda podem recorrer das sentenças em liberdade. Antério Mânica foi condenado na última quinta-feira, (5) e Norberto Mânica no dia 30 de outubro, juntamente com o intermediário na contratação dos pistoleiros, José Alberto, que recebeu pena de 96 anos, 10 meses e 15 dias.

Os auditores-fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira foram emboscados e, sem qualquer chance de defesa, executados a tiros no dia 28 de janeiro de 2004, quando estavam a caminho de uma fiscalização na cidade de Unaí.

O procurador do Trabalho Carlos Eduardo Almeida Martins de Andrade acompanhou o julgamento de Antério Mânica representando o Ministério Público do Trabalho: "A despeito da dificuldade inerente de provar a autoria nos crimes de pistolagem, o júri reconheceu a participação do réu como mandante dos assassinatos."

Antério Mânica no julgamento
Antério Mânica no julgamento

Os três réus foram julgados por um Tribunal de Juri composto por seis mulheres e um homem. Quem presidiu as sessões de julgamento, realizadas no edifício sede da Justiça Federal em Belo Horizonte, foi o Exmo Juiz Titular da 9a Vara Federal de Belo Horizonte Murilo Fernandes. Nesta semana, Hugo Alves Pimenta será o último réu a ser julgado pela Chacina de Unaí, a partir do dia 10 de novembro, no mesmo local, em Belo Horizonte.

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