Liminar obriga multinacional de Ouro Preto a cessar demissões

O Ministério Público do Trabalho (MPT) conseguiu na Justiça do Trabalho uma antecipação de tutela que determina que a empresa Novelis do Brasil Ltda., em Ouro Preto, anule as demissões aplicadas desde outubro de 2014, além de que se abstenha de praticar novas demissões inegociadas com o sindicato, sob pena de multa de R$ 20 mil por empregado dispensado. A ação se iniciou a partir de denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Julião, relatando notícias de possível fechamento da empresa em Ouro Preto, que culminaria com a dispensa de 370 empregados. Esta é a segunda liminar expedida em face da Novelis por motivo de demissão em massa. A primeira foi dada no início do ano passado, para reintegração de 160 trabalhadores dispensados de um setor específico da empresa.

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Genderson Lisboa fala sobre educação e prática esportiva em ciclo de debates

No ciclo de Debates Muda Futebol Brasileiro - Desafios de uma Renovação, o procurador do Trabalho defendeu que clubes de futebol devem exigir a matrícula escolar de jovens jogadores

Fonte: Comunicação Institucional da ALMG

O investimento no desporto educacional e a garantia de proteção e escolaridade às crianças e adolescentes que se dedicam às atividades esportivas foram alguns dos pontos defendidos pelo procurador do Ministério Público do Trabalho Genderson Silveira Lisboa, durante o painel "Políticas públicas e legislação", último do Ciclo de Debates Muda Futebol Brasileiro - Desafios de uma Renovação, ocorrido no dia 24 de novembro, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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Foto: Daniel Berehulak/Getty Images

MPT firma 3 TAC’s para coibir trabalho de menores de idade

Chegar até estabelecimentos comerciais pequenos para detectar possível exploração de trabalho infantil e de adolescentes é uma tarefa difícil, visto os numerosos comércios espalhados pelas cidades. Apesar disso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) vem se esforçando para alcançar estes lugares e cumprir seu papel de fazer valer a lei: recentemente o órgão firmou termo de ajustamento de conduta (TAC) com três estabelecimentos comerciais que mantinham trabalho irregular de crianças e adolescentes.

"É importante estar atento à estes pequenos comércios, pois em muitos deles encontramos crianças e adolescentes trabalhando em condições que estão na Lista TIP, lista que reúne as piores formas de trabalho infantil", comenta a procuradora Sônia Toledo Gonçalves.

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Decisão a ser tomada no Supremo dará repercussão geral ao tema terceirização

Fonte: Ascom PGT

Brasília – Parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) considera fraude à legislação trabalhista a terceirização de atividade-fim em empresas. O posicionamento foi dado em recurso que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a terceirização do processo produtivo da madeira pela empresa Celulose Nipo Brasileira S/A (Cenibra). "A interposição da pessoa jurídica prestadora dos serviços [na atividade-fim] é mecanismo de fraude", diz o parecer, assinado pelo subprocurador-geral da República, Odim Brandão Ferreira, e aprovado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A decisão que for tomada no STF terá impacto direto na discussão sobre terceirização de mão de obra no país, pois dará repercussão geral ao tema.

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MPT propõe reflexão sobre a discriminação racial e o combate ao preconceito em razão da cor da pele

Durante o mês de novembro, MPT realiza a campanha Mês da Consciência Negra para a efetivação da igualdade racial no Brasil. Ao todo serão abordados quatro temas: raça e racismo (3 a 9), violência contra negros (10 a 16), discriminação no ambiente de trabalho (17 e 23) e cotas raciais (24 e 30). A campanha será divulgada nas redes sociais, TV aberta e rádio.

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em 1988, em ocasião do centenário da Abolição da Escravatura, questionou aos entrevistados: "Você tem preconceito?" e "Você conhece alguém que tem preconceito?". Em resposta à primeira pergunta, 96% da população disseram não; à segunda, 99% responderam sim. Conclusão: "todo brasileiro se sente uma ilha de democracia racial, cercada de racistas por todos os lados". A frase, atribuída à antropóloga Lilia Schwarcz, 57 anos, dá a dimensão do desafio no enfrentamento da discriminação em razão da cor da pele. Racismo, portanto, é o tema a ser abordado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na semana entre 3 e 9 de novembro, como parte da campanha do Mês da Consciência Negra.

"O conceito de raça vem sendo questionado desde o pós-guerra, e há hoje um entendimento de que a única raça existente é a raça humana. No entanto, sociologicamente, as pessoas ainda são diferenciadas pelo fenótipo e pela origem. Em função disso, as pessoas são discriminadas. Inclusive, algumas ideias que imaginávamos já superadas, como a de superioridade física de um grupo a outro, persistem e são externadas pela população", explica o professor Ivair Augusto dos Santos, do Centro de Convivência Negra (CCN), da Universidade de Brasília (UnB).

Na opinião da coordenadora de projetos do Centro de Referência do Negro (Cernegro), Lucimar Martins, não há a democracia racial do país. "Essa falácia de que o Brasil é uma democracia racial cai por terra quando a Constituição Federal é promulgada, em 1988. O próprio texto criminaliza o racismo. Como poderíamos criminalizar o racismo caso ele não existisse?", questiona.

Segundo ela, uma das formas de sensibilizar a população é dar destaque às atitudes racistas para poder combatê-las. "É importante focar na discriminação racial, que é a materialização do racismo, o próprio ato de discriminar. É preciso partir da premissa que o racismo é uma realidade para poder enfrentar a questão".

Racismo e racismo institucional – O conceito de racismo é entendido não somente como a conduta discriminatória em razão da cor da pele, mas também em decorrência de raça, religião, etnia ou procedência nacional. "Hoje o conceito de racismo foi desdobrado e chegou-se ao chamado racismo institucional. É o caso de servidores que, investidos de cargo público, atendem de forma diferenciada um negro ou um homossexual, por exemplo. Estamos falando das consequências desse racismo nos órgãos públicos, de como essa prática é utilizada para excluir pessoas e negar direitos", argumenta a Lucimar Martins.

Informações:
Procuradoria-Geral do Trabalho
Assessoria de Comunicação

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